ATÉ ONDE O SANGUE ESCORRE- S6IS SENTIDOS

Capítulo 7 parte 3
STEVE



-  Qual é, é só uma foto Lila!
- Não Steve, eu estava fazendo careta, não vale! Apaga isso!
Virei seu rosto para mim
- E ai? Gostou de sair de casa?
-Obrigada. Achei que passaria a semana trancada.
- Só quero que fique segura. Apenas isso. O café estava bom?
- O café que você colocou mais água que pó? Ah tava ótimo!
-Verdade?
- Umhum
- Ah é? E esse copo de Starbucks aí do lado é o o que ?
- Ahn...
- Você não tomou o café não foi ?
- Valeu a intenção. Eu provei pelo menos. Você melhora na próxima.
- Eu tenho que ir em casa, rapidinho, você sabe que é bem perto. Vamos?
- Mas o Nick está se divertindo tanto aqui...
- Promete não mover um dedo de onde está até eu voltar?
Ela imitou a reverência de um soldado
- Sim senhor.
Fui em casa. Precisava pegar as minhas ferramentas e levar a casa de Yago, arruinaria tudo se a Lila as achasse.
Chegando em casa, tirei a camisa, peguei um pano limpo e uma sacola e fui pegando faca por faca, canivetes, cordas, e limpando e colocando um a um na sacola.
-Ah claro, o anjo da Lila.
Parei onde estava. Me virei
Claro que era a querida amiga do meu pai.
- Tatuagem bonita anjinho da guarda.
- SOME
- Sumir? Sabe que não estava nos meus planos?
- Ah é? E qual seu plano? Matar a Lila? Poxa desculpa, não vai rolar.
-Não, na verdade era apenas abrir essa caixa.
Ela apontou pro chão

Eu gelei. Ninguém sabia daquela caixa, ninguém sabia onde eu a escondia nem sequer do conteúdo dela.
-Aonde achou isso?
- É secreta ?-Ela falou irônicamente.
- AONDE- ACHOU- ISSO?
Ela se aproximou
- Nervoso?
-Não vou perguntar de novo.
- Não precisa. É perda de tempo.Eu sei o conteúdo da caixa Steve, só cuidado pra Lila não descobrir.
- Você quer continuar viva.
Ela levantou a sombrancelha
- Não foi uma pergunta sei que quer. Então se afasta da Lila e de mim. Não quero seu mal de verdade. Sei que sente pela perda do seu amigo,pense bem ele é meu pai então você não acha...
- E o engraçado é que eu acho que você sente mais pela morte da Lila do que pela do seu papai?
Ela se virou e saiu antes que eu avançasse naquela mulher.

Voltei a praça e encontrei a Lila
- Eu já quero ir.
- Aconteceu algo?
- Uma mulher apareceu aqui e foi falar com meu irmão.Ele disse que ela só foi dizer oi mas ela me deu arrepios, não sei,..Só quero ir.
-Okay.
Já tinham uns 3 dias que a Lila estava em casa e eu não havia deixado ela sair hora alguma. Dessa vez ela pareceu gostar muito de sair  e agora queria voltar. Eu sabia quem tinha vindo vê-la.
Levei-a pra comer algo com o Nick, quis deixa-la o menos preocupada possível.
Depois disso a levei para minha casa e assistimos um filme de comédia romântica que o bom Steve gosta e comemos pipoca. O Nick se divertia pela casa. No fim do filme o Yago me ligou
- Já chega. Está na hora desse plano acabar. Põe um fim. Sua diversão acabou
- Oi?
- Ela veio aqui me ameaçar. Eu realmente não ligo pra ameaça dela mas isso já está indo longe demais.
Ela não se satisfez com a Lila da primeira vez, com meu confronto hoje, com a conversa com o Nick e agora ameaçar meu parceiro?
- Esse plano está indo bem mas ta tendo imprevisto demais, isso nunca da certo cara. Acaba com isso da sua forma como você sempre fez.
- Aos poucos vou acabar. Mas tem razão. Foi longe demais. e falei alto- Vou resolver e te ligo mãe, fica calma
Desliguei o telefone
- O que houve? Lila perguntou me dando um beijo.
- Meu tio que falou umas coisas pra minha mãe e deixou ela nervosa, Acho melhor conversar com ele.
- Você quer que eu ajude?
- Não não. Apenas fique aqui. Eu prometo que não demoro. Qualquer, qualquer coisa Lila, me ligue ok?
Lhe dei um beijo. Maior do que eu esperava. Do pequeno beijo se estender, maior e mais intenso e da chão á cama e...Posso me dizer que me atrasei um pouco se é que vão me entender.
Levantei. Lhe dei outro beijo, já era final de tarde.
- Vou lá e volto.
Sai e fui em direção a casa da minha mais nova amiguinha. Liguei pro Yago e pedi que mandasse uma mensagem pra ela anônima mandando ela ir a algum lugar como se fosse algum admirador ou coisa do tipo. Ela não era do tipo que se relacionava com homens e ela era meio solitária e desesperada. Ela iria.
Preparei então tudo. Eu não a mataria. Mas ela sim.
Escrevi na parede com sangue de animal " Virou psicopata?"
Coloquei uma bomba atrás do seu espelho. Não era fatal mas daria um susto. Arranquei a cabeça uma de suas bonecas e a cortei e desenhei como se fosse uma vítima minha após trabalho feito e esquecido de limpar. Coisas no chão quebradas no corredor e a ponto principal. A foto da Lila na parede de seu quarto. Tudo planejado.
Nada ocorreu diferente do que esperei.
Ela chegou irritada do encontro que não teve, provavelmente pensando que mais um cara a enrolou, tirou o sapato, ligou as luzes, tomou um susto com a parede. Passos. provavelmente até o banheiro. Ela liga a luz. Cantarola. Barulho e um grito. Ótimo a bomba deu certo. Ela corre pra o corredor. Outro grito. Provavelmente se assustou com os vidros e louça no chão. "Droga!quem está ai?" Então ela deve ter cortado o pé, maravilha. Eu estou aqui querida, pra te dar um último adeus. Calma, vai ficar tudo bem certo? Passos mais próximos fortes e fracos e rápidos. Ela não podia correr. Então, ela estava tonta, assustada, desnorteada. Um barulho de algo caindo. Celular provável.
Entrou no quarto. eu estava no armário olhando. Depara-se com a foto de Lila. Grita e ao vira-se. Pow. Disparo.
Odeio matar com arma de fogo mas até que dessa vez foi divertido.
Voltei pra casa e não ouvi barulho. Então vi no escritório uma luz acesa.
A Lila estava sentada no chão chorando. Droga. Dessa vez o motivo era eu.